Biography
Desde a década de 1970, o Azymuth tem se destacado como uma banda instrumental brasileira
que funde criativamente elementos do samba, da bossa nova, do soul e do jazz fusion. Fundada
por Alex Malheiros (baixo), Ivan Conti (bateria) e José Roberto Bertrami (piano), a banda
construiu ao longo dos anos uma rica discografia, composta por 24 álbuns lançados tanto no
Brasil, incluindo os notáveis "Azimuth" (Som Livre, 1975) e "Águia não come mosca" (WEA,
1977), quanto no exterior, com destaque para "Telecommunication" (Milestone Records, 1983),
"Crazy Rhythm" (Milestone Records, 1988) e "Fênix" (Far Out Recordings, 2016).
Essa eclética mistura de influências musicais impulsionou o Azymuth para o reconhecimento
internacional, solidificando seu lugar entre os grandes nomes da música brasileira de alcance
global. A parceria com músicos e compositores nacionais, como Marcos Valle, Airto Moreira e
Flora Purim, bem como o reconhecimento de sua originalidade por figuras proeminentes do acid
jazz contemporâneo, como Jamiroquai, Brand New Heavies e Incognito, resultou em inúmeras
histórias musicais e expandiu a audiência da banda para as novas gerações de amantes da música
sem fronteiras.
A partir do século XXI, o Azymuth passou a ser um “estilo” incorporado nas setlists de diversos e
vibrantes DJs, como DJ Nuts, DJ Ron Trent, DJ Spinna, Madlib, Kenny Dope, Ronie Size, 4 Hero,
Master At Work, Jazzanova, Roc Hunter, Faze Action, Dj Venom, Ali Shaeed, Adrian Younge, Theo
Parrish, entre outros. Desde então, outras pontes foram sendo construídas entre a banda e a
plateia de jovens amantes do som fusion de raiz brasileira.
Atualmente, o Azymuth conta com a parceria do pianista Kiko Continentino, que dá continuidade
ao som do saudoso Bertrami, falecido em 2012, e do baterista Renato Massa, que honra o som
do inesquecível Ivan Conti (Mamão), falecido em 2023. Conforme explica Alex Malheiros, o
baixista veterano: “Não por acaso, a palavra Azimuth em árabe antigo (alsamt) significa
‘caminho’, e acreditamos que o novo caminho para Azymuth está aberto e deve continuar. Como
uma Fênix, devemos nos reerguer mais uma vez.”
A produção de novas obras musicais e uma intensa agenda de excursões nacionais e
internacionais fazem parte do cotidiano da banda, que continua a atrair um público diversificado.
Isso inclui fãs de longa data e uma plateia jovem e enérgica de todas as origens, ávida por
experimentar som, ritmo, melodia, harmonia, arte, história, inovação e a fluidez que transcende
fronteiras.